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Maceió/Al, 20 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
03/03/2021 às 16:50

Não erre, governador!

Renan Filho está, pela primeira vez, entre a cruz e a espada para tomar uma decisão importante para o futuro de Alagoas. Quem o conhece sabe que ele é desafiador e disposto a bater recordes etc e tal. Só que, agora, a questão não diz respeito as realizações do Governo do Estado, mas o cuidar das pessoas e a sobrevivência financeira de patrões e empregados.

Os cabeças duras que cuidam do comércio – os mesmos de sempre, os mesmos que nunca souberam criar novos cenários para enfrentar crises e criar alternativas - estão, mais uma vez sem norte e sem direção. O calçadão do comércio já estava com dificuldades antes da pandemia. Os lojistas de shopping estão endividados há anos e pessoas físicas batem recordes com nome sujo no SPC e Serasa desde o século passado.  

Onde já se viu, num momento extremo como o de agora, que se arrasta por mais um ano, não existir plano de emergência em caso de agravamento da situação com o coronavírus. Agora já não cola os extremistas cobrarem de Bolsonaro; muito menos os bolsomínions argumentarem que o presidente da República fez bem o dever de casa. Nem uma coisa, nem outra.

O problema de Alagoas é o reflexo da problemática brasileira com a falta de educação moral e cívica do seu povo. Existe uma máxima que diz: "Não é possível ter uma relação saudável com o outro se você não estiver numa relação saudável consigo".

Esse é o X da questão. O brasileiro é solidário com o próximo, mas é muito mais descompromissado consigo mesmo, que qualquer outra coisa.

Sorte a nossa que o coronavírus não tem poder ostensivo de letalidade... se tivesse seriamos considerados genocidas e milhões morreriam – literalmente – nas praias, cada vez mais aglomeradas.

É uma opinião, governador. Não faça política. Execute o protocolo da ciência. Consulte quem você ouve. Não seja letárgico. Corte da própria carne. Seja Renan Filho. Mas não erre.

Antes de decidir diminuir as horas do dia – QUE NÃO SÃO AS DE PICO – no comércio e shoppings centers, proíba a farra nas praias; determine a fiscalização full time nas áreas de lazer. Chame o poder judiciário para a ação contra os intransigentes.

Alagoas precisa de ordem. Se o distanciamento social resolve, enfrentar os desrespeitosos é muito menos extremo que mudar o fuso-horário do comércio, dos bancos, das escolas.


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