Não sei como você define o perfil do prefeito JHC. Talvez seja cedo demais para que tenhamos uma opinião mais prudente, dele, na condição de gestor da capital.
Disposto a quebrar paradigmas, a decisão de manter as festividades de Réveillon em Maceió, quando capitais como Salvador (BA), Aracaju (SE), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Campo Grande (MS), São Luís (MA) e Brasília (DF) confirmam o cancelamento, vai além da ousadia.
JHC defende que sua administração fez muito mais que o dever de casa no enfrentamento ao novo coronavírus. E fez mesmo, com direito a espaço gratuito e reconhecimento na mídia nacional.
Bem avaliado neste primeiro ano, com sacadas interessantes e providenciais, como passe livre para estudantes e o discurso de Maceió ter a passagem mais barata entre as capitais, a logística e estrutura montada pela Prefeitura de Maceió durante a pandemia, com 80% da população imunizada, elevaram a autoestima do prefeito, que decidiu, assim como os colegas do Rio de Janeiro e São Paulo, manter a programação de natal e virada de ano.
Do lado de JHC estão empresários, comerciantes, promotores de eventos e todos que já compraram ingressos para as festas privadas e os que pretendem curtir o natal e a virada de ano na aglomeração.
O prefeito argumenta, também, que “a redução de casos, internações e mortes refletem a importância da imunização e já possibilitam que os maceioenses comecem a retomar a rotina, seguindo as medidas necessárias”.
Faz sentido, mas é uma aposta que se torna muito mais arriscada porque não haverá fiscalização suficiente nos sete polos bancados pelo município, nos eventos privados e porque os festeiros têm dado um péssimo exemplo na prevenção do contágio.
Festa garantida em Maceió, mas “a Prefeitura ressalta que a realização dependerá da situação sanitária do país com relação à Covid-19 e dos decretos dos protocolos sanitários que estarão vigentes no período. O Município segue ouvindo as instâncias sanitárias e, em caso de orientação contrária, voltará a debater a questão”.
Ou seja: JHC é ousado, mas dá sinais de reconhecer os limites da prudência.
Agradeço pela resposta, prefeito.
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