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Foto: Reprodução Internet

O Brasil ser eliminado na primeira fase da Copa do Mundo Feminina foi muito decepcionante. Um resultado muito abaixo da crítica e alcançado, creio eu, em um somatório de fatores que deram errado neste mês do Mundial. Agora, uma coisa ficou clara para mim: investimento é muito importante, mas está longe de ser tudo no futebol.

Nunca tivemos uma preparação de uma Seleção Feminina com tanto investimento e infraestrutura. Tudo de bom e do melhor fora de campo, com uma técnica estrangeira renomada e o País envolvido com a Copa como nunca esteve. Nossas expectativas estavam muito altas.

Mas, aí é que vem o danado do futebol e dá uma dura lição em todos nós. Pode ter o investimento que for, mas é preciso ter trabalho e gestão de futebol de alto nível, senão nada pode dar certo. E nada deu certo para nossa Seleção.

A CBF deveria ter tido mais controle e, sobretudo, questionar o desempenho da equipe em cada etapa do processo. Não olhar os resultados, mas sim como a equipe jogava futebol. O Brasil evoluiu taticamente? Sem dúvidas que sim. Mas, existiu para mim um certo conformismo em ver o Brasil sendo dominado por seleções europeias e não ser o protagonista do jogo, jogava sem a bola. A partida contra a França foi muito isso, não deu para aceitar um comportamento tão passivo.

Porque nossa melhor centroavante, disparada, a atacante Cristiane do Santos, não foi convocada nesse ciclo? Difícil de entender.

Contra a Jamaica, Pia começa o jogo com uma formação pouco ofensiva. Que fez um primeiro tempo terrível e fazia um segundo tempo pior ainda, e ela só vem mexer na equipe faltando dez minutos para acabar o jogo. E o que mais me irritou, não colocou a única centroavante que tinha, a jovem Gaby Nunes, em campo. Então, para quer tanto cruzamento na área?

Pia não foi questionada em todo em esse ciclo e terminou o jogo com uma calma que irrita. Parecia que tinha sido eliminada de um jogo qualquer. Acho que ela ainda não entendeu o que significa o futebol para nós brasileiros.

Agora vem um novo ciclo. Temos uma geração talentosa, uma estrutura que só cresce e é preciso começar tudo daí. Não vamos ter mais a nossa rainha Marta, que merecia uma história final melhor em Copas do Mundo, mas faltou treinadora.