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Maceió/Al, 20 de setembro de 2024

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Roberto Boroni Roberto Boroni
Jornalista de formação e que tem a crônica esportiva no coração. Ex-assessor de comunicação do CRB, Vivi de perto a Série B para saber que ela pode ser tudo, menos fácil!
13/08/2024 às 06:53

Nuvens de crise começam a rondar o CRB e a culpa é toda dele

Foto: Ozzair Jr./Novo Horizontino Foto: Ozzair Jr./Novo Horizontino

Depois de um período de vacas gordas, grandes jogos nas fases decisivas de Copa do Nordeste e do Brasil, o CRB se depara com a dura realidade da Série B. E o pior, agora empacado em uma sequência de jogos sem vencer e vendo o sonho de G-4 ficar mais distante, não só em virtude da distância de pontos ir aumentando, mas porque a impressão é de que o elenco é curto e não vai conseguir ter o fôlego para brigar por uma das quatros vagas para a Série A.

Essa série de maus resultados começa a trazer uma nuvem, ainda pequena é verdade, de crise para cima do CT do Galo. Torcida insatisfeita, time parecendo em declínio e uma espera por reforços de peso que nunca chegam. O torcedor regatiano está chateado e com razão.

E essa nuvem de crise que paira sobre o Galo tem muito de culpa dele mesmo. A decisão de poupar jogar jogadores contra o Operário no Paraná, dando prioridade ao jogo de volta da Copa do Brasil contra o Atlético-MG, não pegou bem com o torcedor, que percebeu nesse movimento um certo descaso com a Série B, que é para todo alvirrubro a competição mais importante do ano.

Eu até entendo o que estava envolvido no jogo contra o Atlético, mas nunca que o CRB poderia ter escalado de um time quase completo de reservas contra o Operário e jogar a chance de ter mais 3 pontos na lixeira.  Uma decisão que precisava ser contemplada com resultados positivos, o que não aconteceu.

CRB eliminado da Copa do Brasil e quando volta suas atenções para a Série B, perde em casa para o Novo Horizontino e viu sua invencibilidade em casa ser derrubada. Além disso, hoje o Galo está mais perto do Z-4 do que do G-4, e isso causa uma desilusão imensa na torcida.

Aí a janela abre, os “reforços” são quase todos para a reserva do time e o torcedor começa a perceber que o teto da equipe é fazer algo perto dos 50 pontos e com isso não se vai chegar nem perto de uma Série A. O maior sonho de todo regatiano neste século.

Vem a lesão do Fábio Alemão, que era o grande líder do sistema defensivo e desmonta um pouco a forma como o time do CRB marcava individualmente seus adversários. Hoje, o Galo não tem um zagueiro com a velocidade e força física que o Alemão possui.

Mais uma vez, a janela de contratações frusta o torcedor regatiano, que sabe que o clube está bem financeiramente, escuta vira e mexe a diretoria falando em arena, em clube social, em CT para a base, em comprar isso, comprar aquilo, mas tornar o elenco poderoso para conquistar um acesso nada disso, nesse caso o orçamento tem seus limites.

Ninguém aqui está defendendo irresponsabilidade com o orçamento do clube, mas o acesso é o sonho do torcedor regatiano, não um novo CT para a base ou algo do tipo. Corre atrás disso quando tiver na Série A e o orçamento do clube quintuplicar. Hoje, a obsessão deveria ser estar primeira divisão do Brasileirão.

Com 24 pontos em 20 jogos, parece, ao menos repito, parece que o CRB não vai conquistar o acesso este ano. Momento é de nuvens carregadas e o elenco tem uma semana livre para treinar e tentar conquistar pontos no Norte do País contra o Amazonas, o que não será fácil. Depois tem o Ceará no Rei Pelé, e se o Galo chegar nesse jogo vindo de uma nova derrota, o ambiente não será dos melhores.

E muito desse clima pesado é culpa do próprio CRB, que não soube trabalhar tantas competições ao mesmo tempo. No futebol não existe fórmula mágica, só a vitória traz paz e tranquilidade para trabalhar. Que o CRB volte a vencer o mais rápido possível, queremos tempos bons tempos sobre os céus do Galo novamente.

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