O Galo segue sua sina de não vencer faz tempo na Série B. Na noite de ontem, empatou com o Botafogo em Ribeirão Preto (SP) por 0 a 0 e pouco viu sua situação mudar na competição, a realidade é que conquistar a permanência segue sendo um drama e a estreia de Hélio dos Anjos no comando técnico pode ter trazido algum sopro de esperança, mas a crueldade dos números e falta de qualidade, sobretudo, no setor ofensivo, colocam o CRB precisando de muita fé para escapar do temido rebaixamento.
Não se pode reclamar que a equipe não lutou e até não buscou mais a vitória que o seu adversário. Apesar disso, é incrível como parece que o CRB não tinha como buscar muito mais do que um 0 a 0 no jogo de ontem. O time segue criando quase nada, foi mais uma noite onde o goleiro adversário trabalhou pouco. Verdade que Matheus Albino também foi pouco exigido, mas focando nos nossos problemas, precisamos de uma vitória para ontem e a nova comissão técnica vai ter que buscar uma forma da equipe ser mais forte ofensivamente.
Além de melhorar a qualidade de jogo, o que não é pouca coisa, quando a gente pensa na crueldade dos números, dá um frio na espinha. A Situação do CRB beira o desespero, porque para uma equipe que só ganhou 6 jogos em 28 partidas, precisar no mínimo vencer 5 em 10, é algo que vai precisar de bastante oração. O ataque, com dois gols nos últimos 11 jogos; isso sim é uma estatística de arrepiar o mais positivo dos torcedores, porque o Galo não consegue fazer gol, simples e terrível assim.
Verdade que após a última rodada, olhando também a questão matemática, agora o CRB já pode sair da zona do rebaixamento ganhando o seu jogo contra o América-MG. Tem conseguir a "façanha" de ganhar o seu jogo e torcer por uma combinação de resultados, mas o fato é que nisso a matemática melhorou.
Ontem, Hélio dos Anjos deve ter visto que o banco de reservas do CRB pouco vai conseguir lhe ajudar. O time nunca melhora quando as trocas começam e mais uma vez apelo a fé regatiana, porque jogadores como Matheus Albino, Hereda, Saimon, Segóvia, Gegê, Anselmo Ramon e Léo Pereira não podem machucar.
Você pode tá questionando uma série de nomes nos citados aí em cima, mas o fato é que o CRB não tem reservas a altura para nenhum desses jogadores. O único que tem um substituto que mantém um padrão é o Hereda, já que Matheus Ribeiro na parte defensiva não compromete.
A situação é dramática, não tem como dosar o quadro clínico do paciente. Buscar algo em torno de 50% de aproveitamento será difícil para os times que estão brigando pelo acesso, avalie para quem está na parte de baixo da tabela e com quase nenhuma confiança.
O CRB tem dois jogos seguidos em Maceió agora, primeiro o América- MG e depois o Paysandu. Duas batalhas, cada uma com seu nível de dificuldade, mas com igual importância, pois o CRB precisa de pontos urgentemente.
O futebol não está bom, o elenco beira o absurdo quando pensamos em uma profundidade de falta de opções e matemática está totalmente contra. O que o Galo tem a seu favor? Uma torcida apaixonada. Tenho convicção que o Rei Pelé terá dois bons públicos nessas duas próximas rodadas e o CRB terá um apoio em campo que poucas equipes têm nesta Série B, muitos jogam para testemunhas, o Galo não.
Espero que a diretoria coloque os preços dos ingressos no chão e faça promoções que chamem o alvirrubro para o jogo. A permanência na Série B vale milhões nos cofres do clube e o momento é de pensar nisto, de pensar o quanto seguir na Segunda Divisão pode significar para o futuro. Os erros cometidos a gente segue apontando aqui, porque não tem como fechar os olhos para um ataque que faz dois gols em onze partidas.
Só que o momento é de se unir, se agarrar no lado intangível que o futebol possui. Só esse esporte pode permitir um time sair do nada para o muito em pouco tempo, a verdade é que o CRB precisa de uma vitória. Precisa estancar essa seca e chutar a desconfiança para o lado, porque no futebol só os três pontos a cada rodada têm esse poder.
O CRB precisa mirar os 44 pontos. Faltam 17. A saga por essa façanha matemática começa no próximo domingo e o Rei Pelé precisa estar cheio, pois o primeiro desafio tem no momento muito mais qualidade e confiança que nós.
Mas, nós teremos o ambiente. O torcedor regatiano pode ser o diferencial que a frieza dos números não explica.
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