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Foto: Francisco Cedrim/CRB

Que o torcedor do CRB se prepare bem para os momentos de emoção que virão pela frente nesta reta final de Série B, porque ao que tudo indica e não tem como dosar muito a pílula, vai ser sofrimento até o fim.

O Galo perdeu para o Mirassol no Estádio Rei Pelé, na noite de ontem, por 1 a 0 com o mesmo roteiro cruel da derrota para a Ponte Preta. Um vacilo até mais feio nos minutos finais e toma um gol que o faz jogar fora mais um ponto na competição.

Pode parecer pouco, mas se não tivesse perdido os jogos para Ponte Preta e Mirassol, o CRB teria 38 pontos. E o melhor, a Ponte teria 33.

Agora, restando cinco jogos para terminar a Série B, sendo deles dois em Maceió (Goiás e Operário), o Galo já sabe que vai ter que pontuar fora, pois com as partidas em casa vai chegar ao máximo nos 42 pontos. Os matemáticos falam que 43 quase salva e que ter 44 na última rodada é o mais seguro.

Ontem, o time não fez uma partida ruim. Enfrentou uma das melhores equipes da competição, sofreu um pouco, viu o Matheus Albino salvar em alguns momentos, mas acabou sucumbindo em um erro individual do zagueiro Saimon em uma saída de bola aos 45´ do segundo tempo.

O CRB esbarra nos seus próprios defeitos, na dificuldade que o treinador possui em mexer no time, em ter opções mais confiáveis para uma competição tão longa como a Série B. Foi o que mais reclamei desde o início, o CRB nunca teve um banco de reservas que chegasse perto do time titular.

E o destino está sendo tão cruel, que ontem parece que machucou mais um zagueiro. Wanderson saiu lesionado na metade do segundo tempo. Na Série B é preciso ter qualidade e também uma quantidade equilibrada de bons jogadores, não precisam ser 30 craques, mas você precisa ter 30 caras que permitam o clube suportar um campeonato de 38 rodadas. O CRB nunca teve isso e o pior, sempre pareceu não ligar para isso e agora a gente escuta o presidente falar que foi culpa do Daniel Paulista.

Aí o Daniel não quis o Yuri Castilho e o castigo vem a galope, o cara entra contra o CRB e marca o gol no último lance. Só vamos saber exatamente como foi essa história, quando Daniel Paulista se manifestar. Até lá, vamos ficar com a versão que temos. O que passou na cabeça do ex-treinador do CRB?

Quem acaba sofrendo com tudo isso é o torcedor. Fez uma baita festa no Rei Pelé ontem e agora vai roer o que tiver de unha nestes cinco jogos que restam. Os dois próximos fora de casa, contra Coritiba e Ituano.

Não vou tentar prever nada, tudo pode acontecer. O melhor que podemos fazer é secar com força os adversários, roer minhas unhas junto com os torcedores e orar que o time titular se mantenha saudável e os deuses da bola ajudem o CRB como ajudaram Brusque.

Nunca gostei de fazer conta, então não vai ser agora que vou agarrar nas porcentagens. Prefiro ter fé e acreditar que a comissão técnica do CRB vai encontrar uma forma de salvar o time do rebaixamento.

Resiliência meus amigos, porque o roteiro deste filme indica um drama pesado e eu já estou praticamente sem unhas nas mãos. Oremos!