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Maceió/Al, 15 de janeiro de 2025

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Roberto Boroni Roberto Boroni
Jornalista de formação e que tem a crônica esportiva no coração. Ex-assessor de comunicação do CRB, Vivi de perto a Série B para saber que ela pode ser tudo, menos fácil!
09/12/2024 às 08:01

Brasileirão chega ao final com um justo campeão e lições claras do que é preciso para" nadar entre os tubarões"

Foto: Staff Images / CBF Foto: Staff Images / CBF

A temporada no futebol brasileiro vai chegando ao seu final e com ela um baita mix de emoções ao longo do ano. Sei que tecnicamente caiu muito e tudo que a gente escuta com razão todos os anos a respeito da qualidade no esporte como um todo, ainda assim, como eu gosto do Brasileirão.

Terminou como deveria, Botafogo o justo campeão, melhor time dentro de campo, super bem montado fora dele, uma equipe repleta de grandes jogadores e com um elenco capaz de manter a pegada na reta decisiva do ano.

A gente nem percebe quando o time é bom. Mas, reparem com calma, quando não tinha o Greggore, jogava o Tchê Tchê; quando não tinha o Igor Jesus, jogava o Tiquinho; quando não tinha o Bastos, jogava o Adryelson;  e por aí vai, nós nem percebemos que o time titular vai mudando e ficamos com a sensação que é sempre o mesmo time titular, mas não é. Tem na verdade é um baita elenco.

E isso para mim é grande lição dos últimos anos, sem um grande elenco você não consegue se sustentar no topo das competições que disputa. Quem foi o grande reserva para o Hulk no Atlético Mineiro? Quem foi o grande reserva para o Marcelo no Fluminense? Athletico em 2024 com Nikão e Pablo, uma hora isso não se sustenta.

Você pode em uma competição eliminatória até ter sucesso, Copa do Brasil e Libertadores permitem um pouco isso. Mas, no Campeonato Brasileiro, sem ter um elenco que faça você suportar tantos jogos, a tendência é passar sufoco, pode ter sido finalista recente de qualquer copa, em uma competição tão equilibrada com 20 clubes, uma derrapagem pode custar uma queda feia.

O CRB esse ano!? Quase campeão da Copa do Nordeste e depois quase rebaixado para a Série C do Brasileirão. Aqui vimos bem de perto o estrago que pode fazer um elenco montado sem capricho, com o time titular tendo que suportar uma carga de jogos absurda sem reposição e reservas de um nível parecido.

Estar uma Série A ou Série B, mesmo sabendo que existe uma enorme diferença de qualidade e investimento entre elas, no final das contas pede a mesma coisa: elenco forte. O dirigente que não tiver ciente de que a competitividade é alta e que a melhor forma de fazer o clube evoluir é estar entre os 40 melhores do País, pode tomar um susto o dia que estiver no limbo da Série C (um absurdo ver o quanto a CBF não investe na competição).

Ainda temos o mundial de clubes, mas basicamente quem tinha que ser campeão esse ano já foi. Lições estão ai, algumas muito claras na minha opinião. Um time pode até brilhar com um elenco sem investimento, boa sorte com isso, mas para querer brigar com os Flamengos e Palmeiras da vida, sem investir alto não dá. 

Nadar entre os tubarões, sem querer correr risco algum é complicado. Série A hoje é uma competição para quem pensa como o Fortaleza, ou você encara os monstros sem medo, ou é melhor ficar fora do alto mar. E mesmo no raso, você ainda corre o risco de uma onda forte ter levar para o seco, onde nem adianta tentar nadar, porque sem água (nessa analogia queiram entender como dinheiro) vai sofrer para conseguir respirar no meio de tantos que querem estar no mesmo espaço que você.

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