O CRB é tetracampeão alagoano e nada vai apagar isso da história. Uma conquista conquistada na base da raça, empurrada pela força de uma torcida e que dificilmente será esquecida por quem viveu o fim de tarde do dia 15 de março de 2025 no Rei Pelé.
Não vou falar aqui do jogo e de questões táticas, tudo ficou menor depois de tudo que aconteceu na partida. Evidentemente, um jogo recheado de polêmicas com a arbitragem coloca um tempero incrível sobre essa final. E como não gosto de ficar em cima do muro, já adianto, para mim a arbitragem não errou em nada, acertou nos lances principais, mas errou muito em como acertou esses lances, os procedimentos do VAR e até um o tempo dos descontos poderiam ter sido mais afinados, faltou um pouco de sabedoria ao juiz. Mas, para mim todos os gols da partida foram legais.
Entendo perfeitamente a revolta do ASA, perder um título que estava na mão é de tirar qualquer um do seu perfeito bom senso. De novo o time afogou, cansou, faltou um pouco de tesão em ser campeão e literalmente “ furar” a bola quando tomou o gol do empate. Não fizeram isso e foram cruelmente castigados pelo futebol.
Viram o Fluminense ontem? Quem anulou o gol do Flamengo na decisão, no finalzinho do jogo, foi a pressão muito bem-feita que os jogadores do tricolor fizeram na arbitragem, imediatamente após o gol, reclamaram com gosto e fizeram o VAR repensar sobre o lance. O ASA não, tomou o primeiro gol e ficaram paralisados, um olhando para o outro e reclamando sem nenhuma força, sem por nenhuma dúvida na arbitragem, porque até agora não vejo uma imagem 100% conclusiva que a bola bateu ou não na mão do Anselmo Ramon. E repito, os jogadores do ASA mal reclamaram, era para furarem a bola.
Ai como a gente cantou a bola aqui. Nos finais dos jogos, o ASA é a sombra de um time, não corre, não marca, não ataca e fica orando para que a bola não entre no seu gol. Essas coisas o futebol acaba castigando.
Já o Galo, tem que comemorar mesmo. Tetra veio com muito emoção, um título que entra para a história. Uma virada emocionante, que mostrou a raça do elenco e como você aproveita a força de uma torcida, que depois do gol de empate transformou o Rei Pelé em um caldeirão.
Agora não é o momento de falar da força do elenco ou se o futebol foi bom ou não. Vivemos um jogo que entrou para sempre na memória do futebol alagoano e será sempre lembrado pelas polêmicas, pelo gol no último minuto dos descontos nos descontos, algo que não se esquece facilmente.
O Galo vai chegando no CSA, agora a diferença está em apenas cinco títulos. Digo apenas cinco, porque essa vantagem já foi por volta de doze estaduais de diferença. E isso vai dar sabor ao próximo Campeonato Alagoano.
Esse ficou para história. Foi braço ou não foi do Anselmo? Os descontos foram justos? Porque impedimento bem anulado demorou tanto para ser marcado, qual foi a falha no procedimento? Questões que a resposta vai depender do lado que você estiver nessa discussão, mas que no final pouco vai importar, porque o tetracampeonato do CRB já está para sempre na história do nosso futebol.
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