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Maceió/Al, 21 de dezembro de 2024

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Roberto Boroni Roberto Boroni
Jornalista de formação e que tem a crônica esportiva no coração. Ex-assessor de comunicação do CRB, Vivi de perto a Série B para saber que ela pode ser tudo, menos fácil!
19/07/2021 às 09:03

Com a força da mulher brasileira, podemos superar nosso recorde de medalhas em uma Olímpiada

Vencedora na vida e no esporte, Marta é um dos nossos símbolos nos jogos de Tóquio Vencedora na vida e no esporte, Marta é um dos nossos símbolos nos jogos de Tóquio

Apesar do cenário está longe de ser o ideal, já que ainda vivemos os efeitos desta terrível pandemia do coronavírus, estamos na semana de abertura das Olímpiadas de Tóquio. Sou um completo viciado pelos Jogos Olímpicos, e mesmo triste em ver que teremos uma edição com a sombra de uma pandemia, busquei ver qual o melhor ângulo para me dar uma animada, e aí me deparei com o grande número de mulheres da nossa delegação que podem conquistar medalhas para o nosso País.

Quem me conhece sabe, sou viciado demais em assistir o máximo de esportes, eu gosto de baseball, por aí vocês tiram! E eu já tinha uma boa noção de algumas atletas brasileiras que seriam favoritas nos Jogos, mas quando coloquei isso em uma lista, fiquei muito empolgado com a quantidade. Se nós alcançarmos o nosso recorde de medalhas, que foram 19 na Rio 2016, muito desse mérito virá graças a força da mulher brasileira.

Vejam bem, quando paramos para pensar que as primeiras mulheres a conquistarem medalhas para o Brasil foram Jackie Silva e Sandra Pires, em 1996, apenas 25 anos. Isto só mostra o quanto nós somos um verdadeiro atraso, quando o assunto é política esportiva no País, porque olhe o tempo que demorou para nossas mulheres chegarem ao pódio nas Olímpiadas.

Se fazer esporte no Brasil já não é fácil meus amigos, imaginem para as mulheres, que possuem tantas barreiras para superar e enfrentar, não se enganem, ainda vivemos em uma sociedade machista, sobretudo nos esportes. Verdade que o quadro está mudando, por isso minha alegria em ver a força da nossa delegação feminina.

No Rio, em 2016, o Brasil  obteve sete medalhas de ouro das dezenove que conquistou. E agora vejam, para a edição de Tóquio, chegamos neste ciclo olímpico com diversas atletas como campeãs mundiais em suas categorias: Bia Ferreira (boxe), Nathalie Moelhausen (esgrima), Ana Marcela Cunha (Maratona Aquática). Martine Grael e Kahena Kunze são as atuais campeãs olímpicas e venceram o evento teste em Tóquio (Iatismo), Milena Titonele, bronze no último mundial (taekwondo), Mayra Aguiar, bicampeão mundial (judô), Aghata e Duda, venceram etapa do circuito mundial neste mês de julho (vôlei de praia). E no skate pode pintar algo inédito, podemos fazer ouro, prata e bronze com Rayssa Leal, Pamela Rosa e Letícia Bufoni.

Se isto fosse pouco meus amigos, esportes coletivos como o vôlei, handebol e futebol (com a nossa Marta podendo alcançar sua merecida medalha de ouro) podem fazer nossas mulheres subirem mais vezes ao pódio. Esportes que não somos o favorito ao ouro, mas que podemos muito bem figurar entre os três primeiros. Queira Deus que no lugar mais alto.

Isto somado a força da delegação masculina, o Brasil pode sim superar o seu recorde de medalhas. E será fantástico ver que, para atingir esse objetivo, contamos muito com a força, talento e garra da atleta brasileira.

Cada vez mais temos mulheres crescendo no esporte e abrindo portas para que outras possam conseguir seu lugar ao sol. No jornalismo esportivo, temos cada vez mais profissionais dando show, seja na reportagem, comentando e narrando, quebrando várias barreiras e tão ou mais competentes do que muito marmanjo. O que é, por exemplo, a fantástica Natália Lara narrando no Sportv??Que espetáculo meus amigos, narra demais, tem uma voz poderosa e eu hoje vibro quando o jogo é com ela narrando, parece uma veterana.

Aos nobres atletas brasileiros, que também passam por várias barreiras e lutam para fazer do esporte o seu meio de vida, o meu total respeito também. Mas, nessas Olímpiadas, nossas mulheres é que vão dar show e o Brasil pode chegar onde nunca chegou, impossível querer ser uma potência olímpica sem contar a com a força das mulheres!

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