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Maceió/Al, 08 de maio de 2024

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Roberto Boroni Roberto Boroni
Jornalista de formação e que tem a crônica esportiva no coração. Ex-assessor de comunicação do CRB, Vivi de perto a Série B para saber que ela pode ser tudo, menos fácil!
15/10/2022 às 07:46

Demitir Roberto Fernandes é uma atitude tomada pela total falta do que fazer na beira do caos!

Foto: Morgana Olivera/Ascom CSA Foto: Morgana Olivera/Ascom CSA

Existem algumas decisões que são tomadas na vida, em especial no futebol, que podem ser muito bem explicadas pela total falta de opções do que fazer, para resolver o problema. É assim que vejo a demissão do técnico Roberto Fernandes, que aconteceu logo após a derrota de ontem do CSA para o Londrina, por 1 a 0, no Rei Pelé.

Faltando apenas três rodadas para o final da competição, a direção azulina optou pela saída do treinador, buscando achar uma solução mágica para a situação da equipe na Série B. Vejam bem, eu não estou dizendo que manter o treinador seria a solução, mas o demitir agora é aquele famoso “é o que nos resta”.

Roberto Fernandes já chegou ao CSA com o clube em uma situação ruim na tabela de classificação. Quando foi anunciado, o clube azulino só tinha quatro vitórias em 23 jogos. Com Roberto no comando, conseguiu mais três em 12 jogos, uma amostragem que mostra que não é culpa do treinador o CSA viver uma situação tão desesperadora neste momento.

Ele cometeu erros, claro que os cometeu. Mas, é tudo parte de um processo que começou a dar errado nas eliminações para Sport, na Copa do Nordeste, e CRB, no Campeonato Alagoano. Fiz uma coluna sobre isso e o quanto o caminho do futebol azulino se perdeu nessas derrotas e até agora não se encontrou.

Quando o CSA venceu o Vasco por 2 a 0, não foram poucos os elogios ao técnico azulino e a forma como sua energia passou para dentro de campo. Pouco depois, a solução encontrada é o mandar embora. Uma coisa é certa, a essa altura do campeonato meus nobres, não é uma troca em busca de um padrão técnico ou uma nova forma de jogar, já estamos em outubro! É em busca do intangível, é uma troca para apelar que os deuses do futebol façam suas mágicas e o time se salve milagrosamente.

É como eu falei início, existe decisões tomadas dentro da uma “calma” que só o desespero dá. E depois da derrota de ontem, da vitória do Novo Horizontino sobre o Náutico e até o clima que vimos no Rei Pelé entre torcida com a comissão técnica e jogadores, o CSA tinha que buscar fazer alguma coisa.

E o que tinha para fazer agora? Não pode mais contratar, mandar jogador embora com o contrato no fim, pode só render algum problema jurídico no futuro, só tem mais um jogo ao lado de sua apaixonada torcida. Realmente, sobrou muito pouco para se mudar.

Para mim, com certeza o problema não foi de forma alguma o trabalho do técnico Roberto Fernandes. O erro está lá atrás, muitas mudanças no departamento de futebol e uma desunião nos bastidores que até hoje nunca se resolveu de verdade.

O CSA está em busca de quase um milagre, precisa vencer os seus três jogos se quiser seguir na Série B. E para se conseguir algo milagroso, é preciso ter fé! E mudar o treinador faltando três rodadas para acabar é um gesto de quem já está se agarrando em muita fé, porque trabalho técnico e tático é que não vai importar muito agora.

Sorte ao Adriano Rodrigues nessa missão. Que o CSA tenha resiliência, atitude para encarar um momento tão difícil e, se não for pedir demais, um pouquinho de sorte. Vai precisar...

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