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Maceió/Al, 09 de maio de 2024

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Roberto Boroni Roberto Boroni
Jornalista de formação e que tem a crônica esportiva no coração. Ex-assessor de comunicação do CRB, Vivi de perto a Série B para saber que ela pode ser tudo, menos fácil!
05/01/2023 às 06:14

Futebol em 2023 promete emoções radicais! Enquanto o CSA precisa saber escalar, o CRB tem que saber surfar sem cair da prancha

Foto: Reprodução Internet Foto: Reprodução Internet

Vai começar a temporada do futebol alagoano nesta quinta-feira, quando o CSA encara o Potiguar, em Coruripe, às 20h pela pré-Copa do Nordeste. Depois de um longo hiato vamos ver nossos clubes de volta aos gramados e, com respeito a quem discordar, é o que eu mais gosto de ver no futebol: jogos em nosso País e sobretudo em Alagoas.

É uma temporada com a um cara inicial bem diferente da passada. Fiquei pensando que analogia eu poderia fazer e resolvi me arriscar em tentar uma com modalidades que estão muito na moda, os esportes radicais.

Em 2023, o CSA tem uma montanha terrível para escalar. Alpinismo, até onde eu sei, é bem difícil. Já o Galo, está na crista da onda, mas o surfe é um esporte que só parece ser fácil, quem já tentou sabe, ficar em pé na prancha pode ser algo quase impossível.

Quando o assunto é o Azulão, o nome da montanha é Série C. Será uma subida íngreme, repleta de armadilhas e regada por um clima cercado de desconfiança. O CSA caiu numa hora terrível, logo no momento onde os direitos de TV da Série B estão sendo negociados, em um momento onde a competição vai pagar muito mais.

O time foi quase todo reformulado, e realmente não tinha como segurar jogadores com alto salários neste momento. Chegada de Roberto Fonseca, um grande acerto. Possibilidade da aclamação de Rafael Tenório para um novo mandato, um verdadeiro sopro de esperança.

Começar o ano já tendo que decidir uma vaga em jogo único não é fácil. Classificar é fundamental, porque o perigoso clima de desconfiança que cerca o CSA precisa começar a se dissipar.

O CSA tem uma baita montanha para subir. Série C não é o pico mais alto, mas não duvidem, conseguir chegar ao topo não é nada tranquilo e vai exigir do Azulão um ano repleto de acertos. Alguns passos corretos já foram dados, mas a escalada começa hoje e é preciso resiliência para um ano tão radical.

Já o CRB está, como eu falei, na crista da onda. Em busca do bicampeonato, mantido na Série B e prestes a assinar um baita contrato de direitos de televisão para a Série B (ao menos é o que ando apurando).

É a onda perfeita vindo no caminho do CRB. Agora é preciso ter cuidado, porque o surfe é um esporte que exige muita habilidade, qualquer desatenção ou falta de técnica e você pode cair da prancha e tomar um baita tombo.

Vejam bem, eu não estou exigindo que o CRB faça grandes manobras na onda, nada disso. O Galo precisa é terminar essa onda perfeita em pé na prancha. Ou seja, ao menos permanecer na Série B.

Eu sei que o regatiano quer o acesso. Mas, estamos a dois anos dos novos contratos de direitos de transmissão da Série A, o que provavelmente vai ocasionar a criação da Liga. Quem estiver nas duas primeiras divisões do nosso futebol em 2025, vai encher o pote de dinheiro como nunca em sua história. Por isso, é tão importante que o CRB ao menos não leve um tombo feio.

O elenco desse ano me parece ser bem melhor do que o montado no início do ano passado. O que já sinaliza um Galo entendendo que não pode cair. Para pensar em fazer grandes manobras, sobretudo em mar com menos tubarões (Vasco, Cruzeiro, Grêmio e Bahia), ainda falta bem mais, sobretudo no setor de criação e ataque da equipe. Com a montagem bem feita do elenco, dá sim para brigar entre os melhores.

A verdade é que se eu estiver correto no que estou apurando, o CRB vai ter um baita orçamento e com ele a chance de poder sonhar com algo mais em 2023. Enquanto isso ainda se define, ao menos dá para ver um Galo equilibrado, pronto para ao menor surfar a onda do bom momento sem dar a chance de tomar um caldo.

Quem venha o futebol em 2023. De tudo que é radical em nossas emoções, ao menos na minha, nada é mais emocionante que o bom e velho futebol. Dentro da realidade atual de cada um, CRB e CSA precisam ser ousados para chegar no topo dos seus objetivos.

A diferença entre eles é que para se ter um bom ano, um precisa escalar e subir de onde está de todo jeito. O outro precisa ao menos não cair da prancha e se garantir no mar de bonanças que vem por aí.

Que venham emoções radicais, mas, sobretudo felizes!

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