Não são muitos os clubes em nosso futebol, que carregam em seu escudo o seu lema. O CSA o faz, trazendo no peito o poderoso “União e Força”. Palavras que juntam representam muito e que nunca foram tão importantes, porque fora de campo os conselheiros e diretores do CSA precisam pensar e muito no que elas significam.
A saída, na noite de ontem, da conselheira Bianca Tenório da execução e da construção do Centro Treinamentos do clube foi a prova definitiva de quem todos precisam parar, respirar fundo e pensar no CSA.
Claramente existe um problema de relacionamento entre dois grandes nomes da história azulina, Rafael Tenório e Raimundo Tavares. Alguns áudios têm sido vazados e demonstram um distanciamento maior e mais grave que eu imaginava. A saída de Bianca Tenório, filha de Rafael de Tenório, da construção do CT demonstra bem isso.
Quando falamos de Rafael Tenório e Raimundo Tavares, nós estamos falando de pessoas que são diretamente responsáveis pelo CSA chegar onde chegou no momento. Estamos falando de uma potência do futebol nordestino que só cresce. Dez anos atrás, o clube vivia um caos administrativo e sem calendário. E tudo mudou quando Rafael Tenório virou presidente do CSA, o clube só não se estruturou absurdamente, conquistou vários títulos e chegou na Série A do Brasileirão.
Raimundo Tavares estava ao lado de Rafael Tenório em boa parte dessa caminhada. Vejam bem, trabalhar com futebol é lidar com o gerenciamento de crises quase diárias, desgasta mesmo, pois estamos falando de algo que é movido com paixão. O desgaste e a pressão podem gerar desentendimentos que levam as pessoas para caminhos opostos. É normal.
Conheci recentemente o presidente Omar Coelho, só colhi excelentes impressões. Fico aqui a distância, torcendo que ele possa ser o fio condutor que resgate o bom convívio entre os dois lados.
São dois nomes tão fortes na história do clube, que só um deles já é grande o suficiente para fazer muito pelo CSA. Agora, juntos, vimos o que foram capazes de fazer. Estamos falando da maior gestão que o clube já teve e que o colocou em um caminho espetacular. Não estou falando que precisam concordar em tudo ou que internamente critiquem e defendam o que acham correto. Mas, cá para nós, o Conselho Deliberativo do CSA precisa resolver melhor suas diferenças.
O CSA não pode dar esse tiro no próprio pé. Alguém precisa estancar e rápido essa situação, pois vai acabar afetando o futuro do clube. O CT que gerava em todos uma expectativa de grandiosidade e de mais um passo do futebol alagoano rumo a permanência na elite do futebol brasileiro, já que com ele pronto, CSA e CRB iam começar a “brigar” em quem tem o melhor CT e um iria puxar o outro para cima, no melhor lado que uma rivalidade pode ter.
Agora o CT gera uma preocupação, pelo menos em mim ficou essa sensação ao ouvir falar de prazos e tudo mais. Ao menos, acho que figura do presidente Omar Coelho pode ser a pessoa certa na hora certa. Alguém capaz de tentar colar o que se quebrou.
Não sou um especialista em bastidores do CSA, como a maioria sabe, sou regatiano. Mas, sou de uma geração que vê o rival de outra forma, sobretudo com muito respeito. Além do mais, amo jornalismo esportivo e o que faço, portanto não dá para negociar com a importância que CSA e CRB têm em nossas vidas. Precisamos deles fortes! Mas, paixão por clube e jornalismo vou deixar para outro dia.
União e Força. Não são meras palavras, elas possuam um poder e agora precisam ser levadas ao pé da letra, pelo bem do CSA!
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