De time desacreditado até o ano passado quando disputou e ficou como vice-campeão da série D do Brasileirão, o CSA se garantiu na série C deste ano. E de início até a própria torcida acreditava que a participação azulina seria apenas para se garantir na competição evitando assim uma nova queda para a divisão de onde havia subido em 2016. Esse enredo já tinha acontecido com outros times que foram campeões ou vices da série D em um ano, subiram de divisão, mas no ano seguinte caíram de novo. Em 2018, o CSA estará na série B.
Mas não. De time desacreditado, o CSA – o maior campeão alagoano com 37 títulos e que tem em seu currículo quatro vice-campeonatos brasileiros e um vice-campeonato de uma competição intercontinental – trilhou um caminho de sucesso. O início da campanha na série C foi vitoriosa ao derrotar o ASA por 3 a 0 no Rei Pelé, palco da decisão deste sábado, 21 de outubro. Nascia ali uma equipe competitiva e que começou a encher de esperança sua grande torcida, a Nação Azulina.
A cada rodada, o Azulão ia consolidando sua ascensão e foi mantendo a liderança de seu grupo até perto do fim da fase inicial. E assim foi passando de fase em fase até que chegou à final do Brasileirão da Série C, feito conseguido em pleno estádio Rei Pelé, com apoio maciço de sua torcida, que durante toda competição deu provas de amor e dedicação ao time do Mutange. Os adversários foram ficando para trás e o CSA, dono da melhor campanha na competição, tornou um calvário de muitos anos em uma grande vitória.
E qual a razão de se falar em calvário. O CSA era um time que servia de chacota para os torcedores do seu maior rival, o CRB. Sem disputar uma competição de nível nacional mais forte há mais de 15 anos, era o time do Mutange motivo de piadas. Tudo começou a mudar no ano passado quando dois dedicados dirigentes assumiram o comando administrativo do time e traçaram uma meta: levar o CSA de volta ao seu espaço no cenário futebolístico brasileiro. Seus nomes: Rafael Tenório e Raimundo Tavares.
Os RTs, como passaram a ser chamados, têm méritos junto com os demais dirigentes azulinos por mudarem em pouco mais de dois anos a história do CSA no âmbito do futebol brasileiro. Trabalharam de forma profissional na formação de um elenco forte, coeso, com jogadores que sabiam que o ponto mais importante de toda campanha seria levar o Azulão a um lugar de destaque. A missão não deve ter sido fácil. Durante a campanha alguns percalços surgiram, mas a união do grupo foi mais forte e prevaleceu o coletivo ao individual.
CSA foi com todos os méritos o campeão da série C fazendo a melhor campanha com mais pontos. (foto: Ailton Cruz/GA)
O CSA foi sem dúvidas o grande merecedor de levantar a taça de campeão brasileiro da série C. O time disputou 24 partidas durante toda a competição, conseguindo 12 vitórias, nove empates e apenas três derrotas. Conquistou 45 pontos, marcou 27 gols e sofreu 14. Jogando em casa, no estádio Rei Pelé perdeu apenas uma vez, na partida de volta da semifinal contra o São Bento, de Sorocaba, saindo-se vencedor na disputa de pênaltis. Leva o título com méritos e mostrou que merece ter seu lugar entre os maiores 40 times do futebol brasileiro.
A consagração de todo esse trabalho veio neste sábado, 21 de outubro, no empate em 0 x 0 diante do Fortaleza (CE). E assim o CSA reescreve sua história no cenário futebolístico alagoano, regional e nacional, passando de um time sem série há pouco mais de dois anos para campeão brasileiro da série C. Parabéns a todos que fazem do CSA o maior clube de Alagoas, aos dirigentes, jogadores, comissão técnica, enfim toda Nação Azulina está de parabéns por acreditar, incentivar e acompanhar o time nos momentos mais importantes.
Em 2018, o time azulino tem lugar garantido em quatro grandes competições: o Alagoano, a Copa do Nordeste, a Copa do Brasil e a disputa da série B.
Torcedores azulinos foram ao Rei Pelé levar o apoio ao time e comemoraram bastante a conquista do título
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