Os últimos dias não têm sido dos mais tranquilos para o prefeito Rui Palmeira. Além da decisão da Justiça estadual em mandar suspender o funcionamento dos pardais eletrônicos instalados em vários pontos da capital alagoana, o prefeito também se indispôs com a presidente do Tribunal de Contas de Alagoas, conselheira Rosa Albuquerque, ao acusá-la [talvez orientado sabe-se lá por quem] de reter certidões importantes para o município.
Rosa Albuquerque respondeu de forma veemente ao prefeito, chamando-o de irresponsável e garantindo que vai adotar medidas judiciais contra Rui Palmeira. E para completar o ‘inferno astral’ do prefeito maceioense, a Justiça eleitoral rejeitou uma ação de investigação eleitoral ainda da campanha de 2016, onde a coligação de Rui acusava o governador Renan Filho de usar a máquina pública em favor do então candidato do PMDB, Cícero Almeida.
Ao julgar improcedente a ação, a juíza da 2ª zona eleitoral de Maceió, Verônica Carvalho, afirma que ‘não vislumbra a prática, de qualquer dos investigados, de ilícito eleitoral’. Na ação impetrada pelos advogados da coligação de Rui Palmeira acusa a prática de abuso político pelo uso de uma servidora do Estado na campanha de Almeida. A servidora em questão é Janaina Henriques Braga, que já havia sido desligada do cargo que ocupava no Estado.
Além de Jana Braga [como é mais conhecida] a ação tinha como réus ainda o governado Renan Filho, o deputado federal Cícero Almeida e o deputado estadual Galba Novaes Júnior, candidatos a prefeito e a vice pelo PMDB em 2016. A sentença da juíza Verônica Carvalho foi publicada no Diário Eletrônico da Justiça eleitoral no último dia 19. Ao tomar conhecimento da decisão contrária ao pedido feito pela coligação de Rui Palmeira, Jana Braga comentou o caso.
“Creio que a ação se deu pela imaturidade do prefeito Rui Palmeira. Em todo tempo sabia que não tinha respaldo jurídico, pois conforme comprovei eu estava exonerada das minhas funções no governo do Estado e o Diário Oficial é um documento público. Foi uma iniciativa ardilosa, mas que entendo como um incômodo natural de quem estava disposto a tudo para vencer a eleição. O dano que ele me causou foi apenas no sentido da exposição indevida do meu nome. Já que foi preparada até uma coletiva de imprensa com fotos minhas em um telão. Desnecessário, até pelo fato de que eu não configurava objeto direto da eleição”, afirmou.
Talvez as ações dos últimos dias do prefeito Rui Palmeira estejam fundamentadas no seu desejo de ser candidato ao governo do Estado em 2018, algo que nem ele mesmo tem certeza. E tem mais: o deputado estadual Antônio Albuquerque [irmão da conselheira-presidente do TCE, Rosa Albuquerque) e que foi citado por Rui na coletiva em que acusou o TCE de reter certidões importantes para o município, prometeu responder a acusação do prefeito depois do Natal. Resta esperar como será essa resposta.
Pode ser também que a boa gestão feita pelo governador Renan Filho tenha desajustado um pouco os pensamentos do prefeito da capital.
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