A demora no andamento das investigações sobre as inúmeras denúncias de improbidade administrativa contra o prefeito de Arapiraca, Rogério Teófilo (PSDB), vem causando grande mal estar ao procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça.
A cobrança da população e da imprensa ao MP pode representar um banho de água fria nos planos do procurador-geral, que apesar de não ter confirmado oficialmente suas pretensões políticas, tem o nome ventilado nos bastidores políticos como um possível candidato a prefeito de Maceió nas eleições de 2020.
Dias atrás o ex-auditor Luiz Lobo concedeu entrevista a uma rádio da capital, onde disse não estar entendendo a inércia da Promotoria de Arapiraca no que diz respeito ao não andamento do processo, que apresenta provas robustas sobre supostos desvios e má utilização do dinheiro público por parte da atual gestão.
Segundo ele, a Promotoria de Arapiraca tem atuado de forma pífia no caso do escândalo da auditoria, em que Prefeitura de Arapiraca é investigada por vários crimes, entre eles o calote contra sua empresa que prestou serviços de auditoria nos primeiros meses do mandato do prefeito Rogério Teófilo.
Tal demora fez com que o ex-auditor perdesse as esperanças na conclusão do processo, partindo para protocolar as denúncias no Ministério Público Federal (MPF), onde ele acredita que o caso possa andar com mais agilidade.
Na mesa do promotor Rogério Paranhos, responsável pela promotoria de Arapiraca, ainda existem outras denúncias graves como a contratação irregular de OSCIPs e o escândalo das carteiras escolares.
A gestão também é investigada pelos atrasos no início e conclusão de várias obras, a exemplo da Garagem Municipal que, sequer foi iniciada; do CIE da Bananeira, que foi iniciado e paralisado; a UPA, cuja obra se arrasta há mais de dois anos, entre outras que já têm dinheiro em caixa, mas, sequer, foram licitadas.
Apesar do Ministério Público já ter ouvido várias pessoas, nenhuma resposta foi dada à população, que há mais de um ano vem cobrando a punição aos responsáveis por tal desrespeito aos cofres públicos.
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